quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dois dedos de conversa com a "Amarelinha"...

Depois de quase meio ano de ausência, a "Amarelinha" voltou do Brasil. Desta forma o já conhecido do Boavista, "Pantera 23", não esperou mais do que uns dias para saber das novidades que a Filipa trazia para nos contar, partilhando-as assim co, o VoleibolBoavista...

Filipa Teixeira (Brasil)


Como foi essa aventura pelo Brasil? Fala nos um pouco sobre ela.

Foi efectivamente uma “aventura”! Foi talvez uma das experiências mais fascinantes da minha vida até aos dias de hoje. Esta viagem fez-me sair da rotina, afastar-me fisicamente dos meus pais e irmão, dos meus amigos mais próximos, da minha Faculdade e do Boavista (Minis e Seniores essencialmente). Aparentemente só maus factores, contudo, consigo garantir que tudo isto me fez crescer, aprender a ver as situações sempre de outra forma, acrescentar sem dúvida alguma algo mais ao meu intelecto tanto profissionalmente como em campos pessoais.
A adaptação não foi tão fácil como pensava, contudo, rapidamente construi laços e me adaptei, de certa forma, a um Mundo aparte. Conheci a Faculdade que, em termos de estrutura ficou à quem das minhas expectativas e, em termos de conhecimento, superou. Aprendi e trabalhei como não estava à espera com pessoas sempre muito conhecedoras da minha área. Fui bem recebida na Selecção Alagoana (CRB), onde treinei e estagiei como treinadora de atletas com idade compreendidas entre os 13 e 18 anos. Aprendi novas metodologias de ensino, corrigi erros e aperfeiçoei imperfeições. Estar inserida naquela Selecção e ter logo de inicio uma certa responsabilidade por aquela equipa, foi uma experiência única e com bastantes histórias engraçadas.
Profissionalismos à parte, e para não maçar muito mais, aproveitei para conhecer a Costa Nordestina, que a meu ver tem praias lindíssimas. O calor e aquela água transparente são de sonho e acreditem que já tenho saudades de ir à janela do meu apartamento e ver aquela paisagem.
Em suma, venerei a experiência e garanto que tenho imensas peripécias para contar, pelo menos com a durabilidade de um ano. Fora de brincadeiras, também posso garantir que vivi cada segundo com saudade do que aqui “deixei” nestes 5 meses e, sei que superei bem esta distância devido a todo o carinho e dedicação que me proporcionaram de todas as diversas e impensáveis formas. MUITO OBRIGADA.


Praias de Maceió (Brasil)

Recife Antigo - Marco Zero (Brasil)



Sentis-te saudades das tuas meninas?

Claro que não :) Estou a brincar! Se dissesse que não estava claramente a enganar-vos! Senti MUITAS SAUDADES das minhas meninas. Como referi antes de viajar, elas foram as pessoas que mais falta me fizeram. Nem a treinar outra equipa deu para pensar em “substitui-las”. Jamais!


Como colmataste essas saudades?

Eu não as colmatei, apenas tive que aprender a viver com esse aperto de saudade que a toda a hora me invadia. Contudo, posso dizer que as ia enganando (às saudades)… Umas vídeo chamadas ali, umas mensagens acolá, umas conversinhas no Messenger, uns e-mails trocados de vez em quando… Umas fotos vistas e revistas constantemente, vídeos, slides elaborados “puxados ao sentimento”, a minha T-shirt amarela oferecida no dia da partida pela Ana Cunha e TODAS as Minis e uma caixinha cheia de dedicatórias enviadas directamente para o Brasil das mesmas.

Duas das atletas do CRB e a "tal" T-shirt oferecida pela Ana Cunha e Panterinhas


Como achas que correu a época das minis?

Eu ia sempre conversando com elas, com a Ana Cunha e, acho que no geral, foi uma época com bons momentos, bastante positiva. Iniciamos a construção de uma equipa bem novinha que esperamos levar em frente e acho sinceramente que devemos estar satisfeitas. Senti que embora longe, tanto as treinadoras como as atletas faziam questão de me terem sempre presente, o que me fez ficar ainda mais contente obviamente. Tive conhecimento que continuamos a ganhar alguns torneios, a dar luta em outros e o mais importante, sei que evoluímos (objectivo da época). Em suma penso que só me tenho que sentir orgulhosa das minhas atletas e das treinadoras que com elas continuaram o trabalho, com certeza, muito bem feito. Por mim, estão de Parabéns.

Que balanço fazes?

Eu sou daquelas pessoas que acha que pode ser sempre melhor, acho sempre que cada atleta tem mais e mais para dar… Mas como já referi anteriormente, faço um balanço positivo. Acredito que do nada conseguimos dar os primeiros passos para uma verdadeira equipa e por isso, mais uma vez, estamos todos de parabéns… Desde a Direcção aos Pais… Desde as Atletas às Treinadoras!


Na próxima época és treinadora das infantis? O que esperas desta nova experiência?

Sou sim. Não chamaria uma nova experiência, mas sim uma nova etapa tanto para mim como para a equipa. Não digo que será uma etapa facilitada mas desafiadora, da qual eu espero tirar proveito. Pretendo incentivá-las ao máximo, motivá-las e partilhar com todas elas a minha ambição, a minha vontade de lutar, de treinar e jogar. Quero ensinar-lhes o que de melhor sei no que diz respeito à modalidade e fazer com que cada uma delas sinta o valor que tem na equipa.


Vais continuar a jogar no Boavista?

Com a mesma garra, vontade, ambição e simpatia (Amarelinha).




VoleibolBoavista .

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